
O novato Robert Shwartzman estava a apenas alguns minutos de conquistar a pole para a corrida de Indianápolis 500 de domingo, apresentada pela Gainbridge, quando recebeu uma pergunta desafiadora.
Como ele começará esta corrida com um grid motivado e dois pilotos veteranos e agressivos – o bicampeão Takuma Sato e o bicampeão Pato O’Ward – alinhados à sua direita na primeira fila?
Shwartzman, que começará sua primeira corrida oval, respirou fundo.
“Provavelmente, vou pegar leve”, disse ele. “Acho que preciso analisar e ver o que os outros estão fazendo, porque, sabe, é muito fácil cometer um erro grave aqui. Pode custar caro.”
“Só quero que seja uma viagem tranquila… depois vamos correr.”
A transmissão da corrida pela FOX começa às 10h (horário do leste dos EUA) de domingo (também pela FOX Deportes, aplicativo FOX Sports, INDYCAR Radio Network).
Shwartzman e os demais pilotos têm vários dias para traçar sua estratégia após a bandeira verde. Claramente, há muito em jogo. E, como diz o velho ditado do esporte, uma corrida não pode ser vencida na primeira volta, mas pode ser perdida.
O grid de 33 está definido. Aguardam-se 800 curvas em 200 voltas. Do início ao fim, o vencedor precisará de cerca de três horas para derrotar todos os adversários.
Oito ex-vencedores da “500” nesta corrida, cada um com a chance de alcançar uma nova classificação na história do evento. Helio Castroneves, da Meyer Shank Racing com Curb-Agajanian, pode vencer sua quinta corrida, um recorde. Josef Newgarden, da Team Penske, pode vencer sua terceira consecutiva. Sato pode conquistar sua segunda vitória com a Rahal Letterman Lanigan Racing e a terceira na classificação geral. Castroneves, de 50 anos, e Sato, de 48, podem se tornar os vencedores mais velhos.
Scott Dixon, da Chip Ganassi Racing, já é o líder histórico em voltas lideradas, com 677 – 33 voltas a mais que o segundo colocado, Al Unser – e Dixon pode conquistar sua segunda vitória, a outra em 2008. Ryan Hunter-Reay, da Dreyer & Reinbold Racing (vencedor de 2014), Alexander Rossi, da Ed Carpenter Racing (2016), Will Power, da Team Penske (2018) e Marcus Ericsson, da Andretti Global (2022) também buscam suas segundas vitórias. Até o momento, 21 pilotos na história venceram a Indy duas ou mais vezes. Alguém pode se tornar o número 22.
Shwartzman é um dos três estreantes nesta categoria, seguido por Louis Foster, da Rahal Letterman Lanigan Racing, que venceu o campeonato INDY NXT by Firestone do ano passado, e Nolan Siegel, da Arrow McLaren. Siegel não conseguiu se classificar para a corrida do ano passado.
O vencedor da pole position venceu 19,4% das corridas – 21 de 108 –, facilmente o maior número entre todas as posições de largada. O último vencedor foi Simon Pagenaud em 2019. Mas apenas 10 estreantes chegaram à Victory Lane, um deles sendo Castroneves, que em 2001 já era um veterano de 64 corridas da INDYCAR SERIES. Rossi foi o último estreante a vencer, nove anos atrás, na 100ª edição.
O líder da categoria, Alex Palou, da Chip Ganassi Racing, é considerado um dos favoritos à vitória, tendo vencido quatro das cinco primeiras corridas desta temporada e registrado a volta mais rápida no treino de segunda-feira. Embora Palou ainda não tenha vencido as “500”, ele já ocupa a 57ª posição na carreira, com 119 voltas lideradas. Apenas Dixon, Castroneves (326), Hunter-Reay (171), Ed Carpenter, da Ed Carpenter Racing (149), Power (145) e Marco Andretti, da Andretti Herta com Marco & Curb-Agajanian (144), lideraram mais entre os competidores deste ano.
Há uma intriga significativa no pelotão. Ninguém poderia imaginar que Newgarden e Power largariam na última fila. Scott McLaughlin, da equipe Penske, que venceu o prêmio NTT P1 do ano passado e liderou a tabela de velocidade após dois treinos neste ano, larga em 10º.
A segunda fila é composta por pilotos que usam a aliança técnica da Chip Ganassi Racing e da Meyer Shank Racing – ou seja, Dixon, Felix Rosenqvist e Palou. Sato é o piloto com a melhor classificação inicial para uma equipe que não está em tempo integral há pelo menos duas décadas.
E aí vem Shwartzman. Primeira corrida oval. Primeira Indy. Primeira vez na pole position em um monoposto. Em um palco tão grande.
Os senhores logo darão partida nos motores.
Fonte: Indycar