Panorama Indycast Brasil #18

por Fabio Mota

Olá amigos do Panorama IndyCast Brasil,

Estamos na contagem regressiva, restando menos de 100 dias para a abertura do campeonato da NTT IndyCar 2023. Sem muitas informações atuais, as equipes estão em suas oficias, escritórios e com representantes acertando os últimos detalhes, mas, já adiantando sem muitas novidades… a não ser que uma bomba real ocorra e, assim, seria uma grande surpresa.

Hoje é um dia especial e extremamente repetitivo, especialmente depois de 1994 quando o Brasil e o mundo perderam um dos maiores pilotos de todo uma geração e que, até hoje, causa um misto de boas saudades e uma tristeza grande.

Era um distante 20 de dezembro de 1992, diretamente do Firebird Raceway, uma pista muito pequena, porém ideal para que as equipes possam trabalhar condições básicas nos acertos dos carros. As condições climáticas também favoreciam nesta época do ano, visto que os EUA estavam em um rigoroso inverno, carregado nas nevascas. A orientação da equipe Penske, com Nigel Beresford a frente e com Rick Mears apoiando as primeiras atenções ao carro e o Rick Rinaman então chefe dos mecânicos e um dos responsáveis pelo novo carro na pista, Emerson Fittipaldi apresentou o PC21/22 Hybrid – o carro de 1992 com diversas condições e peças do carro que venceu as 500 milhas de Indianápolis no ano seguinte. Emerson deu algumas voltas para preparo do carro e, logo após, Ayrton Senna assumiu o volante. Considerando a adaptação ao carro, dimensão x peso, aceleração e cambio, em poucas voltas, o tricampeão mundial de F1 girou tempos muito agressivos e mais velozes que Fittipaldi.

Bem… isso é muito comum a todos… considerando que, são 30 anos…

Mas… vamos lá, ao diferencial…

Silvia Vinhas foi a única reportes brasileira, na época da Rede Bandeirantes de TV, que estava no local. Em sua entrevista ao IndyCast Brasil, ela detalha informações importantes, como:

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Senna estava avesso a entrevistas, parecia não desejar polêmicas, mesmo que todo o acerto deste evento teria sido agendado pela Marlboro US e não havia nenhuma ilegalidade pois Senna era Free Agent, como os americanos consideram aqueles profissionais disponíveis no mercado.

Emerson, então detentor dos direitos de imagem da IndyCar no Brasil, era um dos mais entusiastas desta aventura pois, para Senna poderia ser mais uma experiência, mas para a Marlboro, Penske e IndyCar, seria um duro golpe na F1 visto que Nigel Mansel estava chegando também na Newman Haas, grande rival do time de Reading (hoje Mooresville).

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A Penske realmente tinha intenções de alinhar um terceiro carro para Ayrton Senna, mas desde que ele quisesse. Isso não estava claro naquele domingo seco no Arizona. A Marlboro garantiria este investimento junto à investidores e a própria Penske. Muito se falou nisso, que já haviam acertos e acertos verbais, mas NÃO!!! Senna estava buscando mais 1 ou 2 títulos na F1 para poder, depois, definir a sua vida. Por isso, talvez, a coisa não tenha sido tão rebuscada.

Financeiramente, o dinheiro não seria necessário para Ayrton Senna, que tinha sua vida resolvida e poderia até tirar o ano de 1993 sabático, aguardando um cenário melhor.

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O acerto teria sido um acerto? Trabalhar com o “se” é algo que não aceito de forma real. Tendo como base sua rápida adaptação, a categoria da equipe de Roger Penske e sendo Senna um talento genuíno… isso nos alimenta uma real possibilidade que sim, mas… nunca saberemos pois em 1993 ele correu pela McLaren e, pra mim, mesmo não vencendo o mundial de F1, foi a melhor temporada de sua vida. Correndo com um carro razoável e com motor fraquíssimo e sem tanto dinheiro para investir em desenvolvimento.

São 30 anos… parece que foi ontem… a saudade é que cresce a cada ano…

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A turma do IndyCast Brasil está em férias, mas nossas programações seguem em nosso site e nosso canal do YouTube – www.youtube.com/c/indycarbrasil – com uma programação de grandes entrevistas e especiais nestes últimos dois anos.

E… aguardem… muitas novidades em 2023.

Um excelente e verdadeiro Natal a todos… O Senhor Jesus Cristo nasceu!!!! E um 2023 esplendido a todos os familiares e amigos do IndyCast Brasil

Um forte abraço e até a próxima.

Fabio Mota.

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