Panorama Indycast Brasil #15

por Fabio Mota

Salve Pessoal,

Mais um panorama IndyCast chegando… E desta vez em fase final de campeonato. A IndyCar vem apresentando, em especial em seus dois últimos eventos corridas longas afetadas pela chuva, mas que ao final de cada espera, provou-se que valeu demais a pena a espera… O Music City com a incrível vitória de Scott Dixon na sua melhor maneira de aparecer e mostrar que é um cara diferenciado assim como é a prova viva que vivemos a história daquele que pode até não ser o maior de todos os tempos, mas os números e a forma com quem trabalha sempre motivado. Conhecendo Chip Ganassi como ele é, impaciente e prático como é, ter um piloto há mais de 21 anos (considerando o ano de 2002 na CART) é a prova de que o neozelandês é diferenciado em sua forma de sobreviver ao Helmutt Marko da América.

Ainda falando pelos lados da equipe do velho Chip, a questão jurídica envolvendo Alex Palou, CGR e seus advogados e a McLaren ainda não tem uma luz ao final deste túnel. Minha preocupação é que o piloto espanhol possa ser o mais prejudicado em sua preparação pois parece ser certo que a F1 em 2023 não seja mais o seu foco de atenção e da equipe de Woking, de acordo com notícias da Europa. Esta questão de ir ou não, ficar e ter de aturar um clima não muito propicio será tenso. Vendo as possibilidades também que a CGR está vendo em suas possibilidades, o cenário também não é muito promissor. Fala-se muito agora em Felix Rosenqvist, mas, para refrescar a memória de muitos, antes de seguir para a McLaren, o sueco tinha guiado o malfadado #10.

Rinus VK está de contrato renovado com a ECR e, em minha opinião, seria uma grande possibilidade para a Chip Ganassi assim como acredito que poderia ser uma boa possibilidade ao querido competidor holandês. David Malukas, após a grande exibição no GP de St. Louis (Ex-Gateway) pode-se acender uma chama interessante sobre o lituano.

Hélio Castroneves renova seu contrato com a Meyer Shank Racing. Conhecendo o Hélio como conhecemos, este ano tem sido enfadonho ao seu desenvolvimento profissional. A equipe trouxe grandes expectativas com a chegada de Simon Pagenaud, mas somente o francês teve alguns raros e bons momentos. Castroneves fez uma grande corrida em Indianápolis, porém ficou devendo em outras corridas. Não pelo esforço e determinação do brasileiro, mas por erros nítidos da equipe. Com a troca de seu engenheiro de pista, entender que este ano, com mais, duas etapas, será mais um aprendizado e entendimento.

Para maiores informações sobre os GPs de Nashville (ou Crashville) e Saint Louis, recomendo lerem as colunas do Everton Rupel, bem conhecido como o Playmobil.

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 Chegamos na reta final do campeonato. Duas provas em setembro e o campeonato de 2022 já será história. Por mais que entenda as necessidades de TV, ter um campeonato tão curto não é algo interessante ao publico consumidor da IndyCar, seja este in loco ou mesmo aquela, que é a grande maioria, que acompanha de sua casa.  Mas não existe ainda um cenário mais propício como nos anos anteriores pré-fusão.

Portland é uma pista teoricamente simples, porém incrível e creio que teremos um grande evento ali. É uma pista muito complicada, já na sua largada, com aquele “grampo” ao final da reta pois afunila-se os carros, muitas vezes em filas de 4 ou 5 carros. Raramente não temos ali alguma confusão.

Já em Laguna Seca teremos o encerramento da temporada. Tenho minhas criticas pessoais à pista por sua desatualização desde os acidentes de Gonzalo Rodriguez (RIP) e Patrick Carpentier. Trata-se de um mercado muito interessante para a categoria porem entendo que uma atualização seria muito benvinda. É uma pista que parou no tempo, todavia é uma opção muito mais interessante que a chatíssima Infineon (Sonoma).

O campeonato chega com até 7 pilotos disputando o titulo matematicamente. Uns com mais e outros com menos chances. Venho, em partes criticando a Penske por causa de sua forma apagada em Indianápolis, porém a equipe tem sido claramente a organização que amamos. Meu grande receio com a Penske Entretainment seria a o afastamento do Capitão Roger Penske na mureta, mas os estrategistas do time, com o apoio forte de Tim Cindric tem sido fundamental para que os pilotos estejam focados na disputa do campeonato.

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Em contatos do IndyCast Brasil com jornalistas influentes na IndyCar assim como dirigentes, ouviu-se uma possibilidade de corrida da IndyCar no Rio de Janeiro, no Parque Olímpico onde, outrora, era o Autódromo Internacional Nelson Piquet. Sou oriundo do Rio de Janeiro e posso afirmar. Não há espaço hoje na capital fluminense a não ser que uma grande boa vontade dos “caciques” da cidade possa unir-se em um objetivo comum. Mas a cidade e o estado principalmente precisam ser assertivos.

Recentemente um novo autódromo foi anunciado na região sul fluminense, na região de Itatiaia onde algumas fábricas e montadoras estão instaladas. Existe uma estrutura de hotelaria interessante mas que, para num futuro, seja mais ampla. Mas considerando, ter um evento internacional a mais de 180 KMs da capital fluminense e alguns 250 da capital paulista…

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Não deixe de visitar nosso web site assim como nosso canal do Youtube (www.youtube.com/c/indycarbrasil). Diversas entrevistas estão disponibilizadas com exclusividade para o Brasil com grandes talentos como John Travis, Tim Lombardi, Steve Olvey, Paul Page entre tantos outros nacionais e internacionais.

Até a próxima.

PRODUÇÃO

OlharesBR
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Everton Rupel Comunicação
Colaboradores

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Everton Rupel, Matt Fraver, Joe Skibilinski, Travis Linkle, Paul Hurley, James Black, Chris Jones, Mike Young, Walt Kuhn, Lisa Hurley, Dana Garrett, Tim Holle, Aaron Skillman, Peter Burke, Richard Zimmermann, Michael Bratton, Dave Green, Jack Webster, Mike Doran, Mike Levitt.

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