A IndyCar, por mais que não pareça, deve estar preocupada com a invasão da F1 em solo americano não tem como base apenas em praças onde esta não corre mais, como Miami, Austin e tão pouco Las Vegas. A questão de contratos publicitários, em termos, não vejo ainda como um fator conflitante visto que grandes marcas tem seus modelos de Marketing distintos… ainda entendo que não há um risco.
Nos últimos anos a IndyCar tem seu calendário estabelecido e não conflitante com outros eventos assim como não acredito nesta pulverização da F1 na América, exceto suas três corridas. Mas… desta forma, eu acho que a IndyCar tem sido também um fator inovativo visto que aquele modelo arcaico e elitista das categorias da Europa pareciam não serem mais sustentáveis em relação ao que vemos nos Estados Unidos. Então… mais um ponto da categoria americana.
Estar mais próximo de seu público, e não apenas de seus meios de pagamentos, é um tipo de promoção e fidelização deste mercado que gera experiências incríveis e inesquecíveis. Na minha primeira corrida da CART, pude ver esta questão dos pilotos “terem a obrigação” de estarem atentos ao público, para uma foto, autógrafo, um afago… Isso nunca ocorreu na categoria de Bernie Ecclestone. A Liberty Media tem dado este caráter.
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Seguindo este caso, a insistência da Andretti Autosport em ingressar na F1 torna-se cada vez mais “afrontoso” à elite da categoria gerenciada por Stefano Domenicali e cia. Não parece ser algo mambembe e já falamos sobre isso aqui no #Panorama em outras colunas. Minha crítica não é em relação as investidas da família Andretti mas sim como funciona o gerenciamento de suas operações..
Falou-se de Chip Ganassi migrar para a F1 também. A própria organização já desmentiu visto que os investimentos são absurdos. O mesmo não fechou as portas mas em matéria de retorno, sabe que a IndyCar oferece cenários bem menos arriscados que a F1. Nesta última, se não tiver aportes estratégicos e uma montadora para suportar o negócio perderá tempo e gastará uma fortuna sem foco. Um outro fator também neste caso entra a idade de Chip Ganassi… Não é de longe um garoto e já têm suas limitações. Penso o mesmo sobre a Penske, ainda mais depois da aquisição do Indianapolis Motor Speedway e da IndyCar Series. Óbvio também que o capitão Roger Penske já esteve por lá e não demostrou interesse de estar de volta. Os investimentos são altamente absurdos e o retorno… bem… isso é bem claro.
A Penske Entretainment tem um foco de longo prazo em transformar a Indy em um cenário como nos anos 90 e 2000 mas tudo isso é muito devagar e cadenciado, sem afobações e ações imaturas. Além do que também, o capitão está rumando aos seus 90 anos… Longa vida ao Capitão.
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A IndyCar segue para Long Beach, uma das mais tradicionais etapas do automobilismo mundial. É uma praça importantíssima para a categoria onde existem diversos eventos paralelos para um dos pontos altos do campeonato. Nos anos anteriores, existia um forte patrocínio da Toyota e, depois seguiu para a Acura. A etapa de Long Beach mudou seus traçados em relação aos anos mas não perdeu sua essência sobre sua reta curva e seu “cotovelo” na parte final da pista.
A tradicional pista da Califórnia é um daqueles eventos onde famosos aparecem por ali também e a cobertura de mídia é especialíssima. Também não podemos esquecer da derradeira prova da CART, ou ChampCar ou ChampCar World Series…
Um abraço a todos e até o próximo #Panorama.