Fala galera do IndyCast Brasil! Tudo beleza?
Mas antes, precisamos dizer que esta coluna será dedicada aos pilotos André Veríssimo Cardoso e Érico Veríssimo da Rocha que faleceram nesse domingo dia 27/8 num grave acidente no autódromo de Cascavel numa etapa da Moto 1000 GP. Que Deus conforte familiares e amigos. Nossos sentimentos.
Vamos lá. Último oval do ano, GP de St. Louis. Tarefa dupla para Josef Newgarden (Penske): diminuir a distância para os ponteiros da tabela, Alex Palou e Scott Dixon (ambos da Ganassi) e gabaritar as corridas em oval, afinal ele venceu as 4 corridas feitas em oval esse ano. Uma parte para essa tarefa foi conseguida, pois ele herdou a pole que foi conquistada pelo seu companheiro de time Scott McLaughlin, que recebeu uma punição de 9 posições por usar um 5º motor do ano.
Scott Dixon , sendo o extraterrestre que é, pode acabar fazendo junto com Mike Hull uma nova mágica.
(Foto: James Black / IndyCar)
260 voltas para fazer os 500 Km de Bommarito. Largada muito disputada com 3 wides, com David Malukas pulando de 6º para 4º e com amarela já na curva 1, com Benjamin Pedersen (Foyt) no muro depois de receber um totó de Ed Carpenter (ECR), isso lá na última fila.
A relargada foi na volta 10 com o seguinte top 5: Newgarden, Herta, Pato, Malukas e Rosenqvist. E quem tava com a corda toda era David Malucas (DCR) que após mais 7 voltas já era o 3º e tentava se aproximar de Colton Herta (Andretti).
Pela 1ª vez em um oval os pilotos seriam obrigados a usar os pneus macios, aqueles de banda lateral vermelha, mas todos os 28 pilotos largaram com os pneus primários, os mais duros. E assim, todo mundo estudando o comportamento do carro, pista que sofreu com fortes chuvas no sábado, sem se arriscarem, com as posições só mudando quando começaram as paradas de box, lá pela volta 52.
Nessa janela de paradas alguns optaram por usar os pneus macios e depois de todos fazerem esses pits, o top 5 ficou inalterado (!): Newgarden, Herta, Pato, Malukas e Rosenqvist.
Na volta 97 vieram novos pits e aí o pulo do gato da dupla do carro 9 da Ganassi, Scott Dixon e Mike Hull: esticaram o stint retardando a parada e esperando uma amarela que aconteceu na volta 123 com um outro piloto Ganassi (!), Takuma Sato que foi pro muro depois de flertar umas duas vezes antes. Dixon assim fez o pit e na relargada, volta 136, ainda estava em 1º, seguido Newgarden, Pato, Rossi e McLaughlin.
Enquanto todos foram aos pits a partir da volta 165, Dixon foi economizando pneus e etanaol, para fazer só mais uma parada lá pela volta 199. Power estava na mesma estratégia, mas acabou que não economizou como deveria. Dixon parou na volta 196, depois de um stint de 69 voltas e os outros ainda teriam que parar mais uma vez e ele não. E para ajudar mais ainda o piloto neozeandês, Newgarden bateu de leve na saída da curva 2, atrapalhado pelo ar sujo do retardatário DeFrancesco, mas o suficiente para sair da disputa da prova e do título. Assim, Dixon venceu pela 55ª vez na carreira e só ele pode impedir Palou de ser campeão. Faltam duas corridas, 108 pontos estão em jogo e a diferença é de 74.
Super Dixon. (Foto: Chris Owens / IndyCar)
Destaques positivos:
– definitivamente falar da competência de Dixon/Hull/Ganassi é chover no molhado;
– ótima corrida de David Malukas, de Scott McLaughlin, de Colton Herta e do trio da Arrow McLaren (Pato, Rossi e Rosenqvist);
Destaques negativos:
– a surra que Penske, McLaren e Andretti levaram na estratégia da Ganassi é pra parar e pensar no cantinho do pensamento;
– Takuma Sato;
– Newgarden às vezes parece aquele Newgarden dos primeiros anos de IndyCar e não o Newgarden que tem 2 títulos nas cotas;
Resultado final.
E a IndyCar volta à pista já no próximo domingo, para o GP de Portland, penúltima corrida do ano. Será que Dixon começa uma virada de mesa sobre Palou, ou Palou fecha a conta e conquista o título?
Abraço e até lá!
