Fala galera do IndyCast Brasil! Tudo beleza?
Última do ano. Já dá aquela tristeza…A tradicional pista de Laguna Seca, que tem sido pródiga em corridas sem sal recebe a última etapa, corrida essa que tinha em disputa as últimas vagas do Leaders Circle, 22 que recebem um bônus de mais de 1 milhão de Dólares por participar de todas as corridas. A pole ficou com Felix Rosenqvist (Arrow McLaren) num disputadíssimo Fast Six.
Punido por troca de motor, largando assim de 11º, Scott Dixon já tinha o vice-campeonato confirmado.
(Foto: James Black / IndyCar)
E nessa briga do Leaders Circle, Juri Vips (RLL) levava a melhor, por mesmo punido, largava melhor entre seus concorrentes (Tom Blomqvist, Agustin Canapino, Ryan Hunter-Reay) em 13º no grid.
95 voltas para o término do ano. E na bandeira verde, com vários quase queimando a largada, ao chegar na curva 1, o caos começou. Christian Lundgaard (RLL) escapou e se enroscou em Scott McLaughlin (Penske) e colheu Josef Newgarden (Penske) que quase escapou, e isso causou uma reação em cadeia com os pilotos procurando por espaço, assim Marcus Armstrong (Ganassi), fechado por Grahal Rahal (RLL) tocou neste, que rodou e colheu Juri Vips (RLL) que colheu Newgarden que tentava escapar. Mais a frente Dixon bateu em Rinus Veekay (ECR). Resultado: Rahal fora, Vips 24 voltas nos pits, McLaughlin e Veekay pro fim da fila. E alguns aí já foram trocar pneus também.
Relargada na volta 7 com Rosenqvist, Palou, Power, Pato e Dixon no top 5. Na volta seguinte Palou forçou sobre Rosenqvist e foi pra ponta. Volta 9: nova amarela. Tentando recuperar terreno, Newgarden rodou sozinho.
Relargada na volta 12 e na volta 13 Dixon foi chamado aos pits para pagar uma punição pelo toque em Veekay.
Na volta 15 o top 5 era Palou, Rosenqvist, Pato, Power e Herta e o destaque era Agustin Canapino que largara em 19º e estava em 7º. E na volta 19 Dixon começou a aprontar criando sua estratégia mirabolante indo para os pits.
Volta 29 amarela, no meio da janela de pits: Marcus Ericsson (Ganassi) acertou Rosenqvist na curva 1. Palou deu muita sorte pois entrou nos pits ainda com os pits abertos e se manteve a frente.
A bandeira verde voltaria na volta 37 com o top 5 de Palou, Pato, Lundgaard, Grosjean e Canapino, ainda antes da reta ficaram parados por toques: Power bateu em Benjamin Pedersen (Foyt) que foi atingido por Hélio Castroneves (Meyer Shank) na curva zero/curva da vitória, nesse bololô Callum Ilott também ficou rodado. Nessa amarela, volta 39 muitos foram aos pits.
Relargada na volta 42, com Palou, Pato, Grosjean, Canapino e Malukas. Essa corrida estava mostrando que era uma corrida da IndyCar como ela é, dinâmica, com variáveis e enroscos.
Na volta 58 Devin DeFrancesco (Andretti) acertou David Malukas (Dale Coyne) causando nova amarela, simultaneamente Pato O’Ward indo pros pits que ainda estavam abertos. E mais gente foi pros pits pouco depois, como o top 3 da corrida Palou, Canapino e Ferrucci.
Nova relargada na volta 63 que nem durou pois na curva zero Blomqvist se enroscou com Ferrucci; amarela. E mais pilotos indo pros pits, alguns só pra abastecer.
Por falar em abastecer…até o Pace Car precisou
Relargada na volta 68, Pato, Rossi, Grosjean, Hunter-Reay e De Francesco. Por esse top 5 dá pra imaginar a quantidade de variáveis para o resultado final causado pelas amarelas+paradas nos pits.
Mas nem durou: os Ganassi de Ericsson e Armstrong se enroscaram na curva zero (de novo a curva zero, que no mapa do circuito é a curva 11). E na relargada na volta 74 Grosjean passou Pato e na curva 1 quase que a Juncos se implode com um erro de Canapino que escapa e ao voltar toca de leve no companheiro de time Ilott que tentava a ultrapassagem. E assim o carro de Canapino ficou danificado na asa dianteira e começou a perder rendimento até o final.
Uma volta depois: amarela. Castroneves errou feio e abalroou Colton Herta. Nessa amarela, Grosjean e Pato foram pra suas paradas e liderança foi pra ele, o mirabolante piloto do time #9, Scott Dixon. Relargada na volta 79, Dixon, McLaughin, Ilott, Palou e Canapino no top 5.
Daí até a volta 95 não houve mais amarelas, houve muitas disputas com Canapino e DeFrancesco tentando se manter na pista com carros danificados.
Dixon levou até o final e essa foi a 56ª vitória do kiwi na IndyCar.
Destaques positivos:
– corridão de Ilott e Canapino da Juncos Hollinger, principalmente de Canapino que foi gigante;
– corrida com a cara da IndyCar, caótica, disputadíssma, cheia de alternativas, divertida;
– bela recuperação de Scott McLaughlin;
– Juri Vips fez ótimo treinos, mostrou que merece ficar na categoria;
Destaques negativos:
– péssimas atuações de Castroneves e Ericsson;
O extraterrestre Scott Dixon!!. (Foto: Chris Jones / IndyCar)
Resultado final.
É isso. Acabou. Corrida só em Março de 2024, mas o IndyCast Brasil continuará com sua super programação, fique ligado nas nossas redes sociais!
Abraço e até lá!