Caótica Detroit

por Everton Rupel

Fala galera do IndyCast Brasil! Tudo beleza?

Ainda de ressaca da Indy 500, o circo da IndyCar, a Fórmula Indy, vai para o estado de Michigan, para as ruas de Detroit. Tem previsão de chuva leve. Tem uma pista apertada de pisos diferentes. Tem a possibilidade de fazer um 6º vencedor em 6 corridas valendo pontos. Tem a chance do caos.

Quinto no grid, Scott Dixon combina alguma magia com Mike Hull ? (Foto: Chris Owens / IndyCar)

E as 100 voltas do GP de Detroit já tiveram uma bandeira amarela logo na 1ª curva pós a largada: Christian Lundgaard (#45 RLL) otimista demais bateu em Will Power (#12 Penske) que rodou e fazendo um pequeno engavetamento, sem danos com Ferrucci, Pato, Rossi, Lundqvist e deixando Tristan Vautier e Jack Harvey bloqueados. O top 5 da relargada na volta 4 era Herta, Palou, McLaughlin, Newgarden e Kirkwood. Na volta 10 Palou começou a perder posições pelo desgaste de pneus e duas voltas depois ele foi para os pits.
Exatamente na volta 16, quando Lundgaard foi aos pits teve uma segunda amarela: o encrenqueiro mór do final de semana até então, Santino Ferrucci (#14 Foyt), errou uma freada, acertou a traseira de Helio Castroneves (#66 MSR) que ainda se viu acertado por Kyffin Simpson (#4 Ganassi) que não teve espaço para desviar. Ferrucci tomou um stop and go como penalti. Muitos foram aos boxes menos os líderes.

Nova bandeira verde na volta 22, com Herta, McLaughlin, Kirkwood, Newgarden e Dixon fazendo o top 5 e o hairpin pós largada seria o motivo de mais emoções na prova, pois o pessoal tava animando e otimista pr’aquela curva.

E havia uma chuva muito pequena em alguns pontos da pista. E pode ser que isso tenha causado a rodada e a batida do vice-líder da prova, Scott McLaughlin na volta 33: nova amarela. As 7 voltas seguintes, que foram em bandeira amarela viu muita movimentação nos boxes, pois houve trocas para pneus novos e posterior trocas para pneus de chuva, mas não todos o pilotos, diga-se.

Para a relargada da volta 41 o top 7 era de pilotos que estavam de pneus de pista seca: Lundgaard, Kirkwood, Dixon, Ericsson, Grosjean, Power, Veekay. Em uma volta todos viram que a pista iria acabar secando e o pessoal que tinha pneus de chuva acabou sendo ajudado quando Power acabou batendo em Veekay para reaver a posição, isso aconteceu na volta seguinte da relargada: nova amarela.

Quem tava de pneu de chuva fez sua nova troca. E a máxima de que bandeira amarela chama bandeira amarela seguiu novamente pois na relargada da volta 46 nem durou: Herta para não bater em Palou numa freada passou reto levando consigo Vautier, mas ninguém teve seu carro danificado.

Volta 53, o top 5 era Kirkwood, Dixon, Ericsson, Rossi e Grosjean. Viria nova relargada. Adivinha?

Se você falou ‘bandeira amarela’ acertou. Lundgaard deu no meio de Grosjean na freada do hairpin.
Os carros da Andretti se mostravam rápidos e eles lideram o top 5 com Kirkwood, Ericsson, Rossi, Palou e Pato quando uma nova relargada veio na volta 60.

Volta 63: McLaughlin que vinha em recuperação dividiu uma curva com Sting Ray Robb e este foi para a barreira de pneus: nova amarela (eu já perdi a conta).

Pits abertos na volta 65 e muita gente foi lá para a última parada, menos Dixon e Armstrong, ambos da Ganassi. Será que eles precisariam de mais amarelas além de poupar pneus e combustível?

Dixon, Armstrong, Vautier (!!!), Kirkwood e Newgarden eram os 5 primeiros na nova bandeira verde, a da volta 70 que novamente nem durou: Newgarden forçou no hairpin, tocou em Kirkwood, rodou e foi acertado de leve por Palou. Amarela, a oitava do dia (me achei nas contas).

Nova verde na volta 74. Dixon puxando a fila, Vautier caindo no pelotão. Kirkwwod botou pressão em Armstrong mas não passou; assim cedeu a posição para Ericsson que mais rápido se aproximou, passou Armstrong, só que nessa altura faltavam duas voltas apenas para o fim da prova. Dixon e Armstrong, e seus respectivos times, fizeram a magia de andar mais de quarenta voltas com o mesmo jogo de pneus e sem abastecer. Dixon chegou a sua 58ª vitória e Armstrong ao seu 1º pódio. Chegava ao fim o caótico GP de Detroit.

Scott Dixon, o vencedor comemorando com Chip Ganassi que está prestes a dar uns tapas na cara do seu piloto. Por quê isso? Porque é assim que Chip comemora!. (Foto: James Black / IndyCar)

Destaques negativos:

– o comportamento suicida de Santino Ferrucci nos treinos e de Christian Lundgaard na corrida merecem uma punição mais severa, não acham?;

– o dia ruim de Will Power: tomou 4 punições; ele precisa se benzer urgentemente, pois virou ímã de problemas nessa prova;

– aliás dia problemático na Penske com seus 3 carros;

Destaques positivos:

– opinião minha, Everton Rupel, gostei das corridas do Tristan Vautier, do Pietro Fittipaldi, Santino Ferrucci, Theo Pourchaire e Agustin Canapino, me critiquem;

– pilotos correndo como se fosse a última corrida deles: ESSE É O DIFERENCIAL DA INDYCAR, parem de reclamar das bandeiras amarelas, cada prova tem seu dinamismo e só quem lá no cockpit do carro é quem sabe o que é que tem que ser feito de fato;

Resultado final.

E a próxima é já no domingo que vem 09 de junho, naquela que muitos comparam, e faz muito tempo, à pista de Spa Francorchamps, a icônica pista de Road America. Lá não veremos esse caos de hoje. Teremos um sexto vencedor diferente na temporada?

Abraço e até mais!

PRODUÇÃO

OlharesBR
Grand Prix Service Consultoria
Everton Rupel Comunicação
Colaboradores

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IMAGENS

Everton Rupel, Matt Fraver, Joe Skibilinski, Travis Linkle, Paul Hurley, James Black, Chris Jones, Mike Young, Walt Kuhn, Lisa Hurley, Dana Garrett, Tim Holle, Aaron Skillman, Peter Burke, Richard Zimmermann, Michael Bratton, Dave Green, Jack Webster, Mike Doran, Mike Levitt.

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