Chocolate da Ganassi

por Everton Rupel

Fala galera do IndyCast Brasil! Tudo beleza?

Chegou o dia!
Depois de no último final de semana o grid ser definido, veio a corrida!! Com a Ganassi sendo a favorita com 4 carros entre os 6 primeiros do grid, ela queria dar um chocolate em todo mundo fazendo 1-2-3-4 no final, mas ficou só com o chocolate do sueco Marcus Ericsson, a zebra dos favoritos! Vamos ao resumão.

A corrida.

A 106ª edição das 500 Milhas de Indianápolis teve uma largada limpa, com Will Power (Penske) subindo posições e a 1ª fila se destacando dos demais, mas com o pole Scott Dixon seu teammate Alex Palou se revezendo na ponta. E com a corrida transcorrendo sem problemas – com Santino Ferrucci (Dreyer & Reinbold) merecendo destaque pois além de ganhar posições na largada, ia volta a volta subindo na classificação – a primeira janela de pits começou na volta 29, em bandeira verde mesmo, como o pessoal que largou lá atrás, mas que tinham bons carros, retardando suas paradas. Nesse pit ficou a surpresa que Pato O’Ward e Felix Rosenqvist, ambos da AMSP, também retardaram seus pits mesmo estando no pelotão dianteiro. E depois dessa rodada de paradas, que terminaram na volta 37, Ferrucci e Sato (DCR) subindo na tabela.

Até que veio a primeira amarela: Rinus Veekay (ECR) que era o segundo bateu na curva 2, na volta 39. A relargada se deu na volta 47 com um incrível four wide no qual Takuma Sato ganhou 3 posições por fora e Tony Kanaan duas posições por dentro. E na frente: Dixon, Palou, Pato.

Volta 65 novos pits. Nessa janela Dixon e Conor Daly (ECR) deram muita sorte pois assim que saíram dos pits na volta 68 veio a amarela: Callum Illot (JHR) bateu na curva 2 no exato instante que Alex Palou entrava nos pits e estes fecharam simultaneamente. O espanhol não perdeu volta mas foi da ponta para o fim da fila. E na volta 73 todos foram para os pits. Na relargada na volta 78 a ordem dera Dixon, Daly, Pato, Ericsson e Kanaan, também da Ganassi sempre no top 10.

Nova rodada de pits perto do início com alguns já parando, mas nova amarela (volta 107) : Romain Grosjean (Andretti) estreando no templo bateu, adivinhem onde? Curva 2. Na volta 109 todos foram aos pits.

Na relargada na volta 113 a ordem era Daly, Dixon, Pato e Ferrucci, com Dixon e Pato indo para P1 e P2 e quase houve um sururu aí entre Daly e Ferrucci, com fechada na curva 1 e toque na curva 3! Dixon na ponta de novo, parecia ser o doutrinador do dia. Daí até a volta 140, quando a penúltima rodada de pits começou, tudo foi sem problemas. E nessa janela de pits, toda em verde, Pato O’Ward foi para a ponta seguido de Dixon, Daly, Ferrucci e Ericsson.

Amarela! Causada pelo carro amarelo de Scott McLaughlin (Penske). Adivinhem em que curva? Se você respondeu ‘curva 2’, respondeu errado. Bateu forte na curva 3. Aí começou um jogo de táticas: pilotos que pretendiam o pulo do gato de economia de etanol foram abastecer nessa amarela: foram eles Sato, que já não tinha aquele rendimento, Jimmie Johnson (Ganassi) que ficou para trás num pit em hora errada e Marco Andretti (Andretti).

Bandeira verde na volta 151, Dixon voltou pra ponta. Vinte voltas depois, começaria a última rodada de pits e aí a história da corrida começaria a mudar.

O então dominador Dixon foi para o box na volta 177, mas excedeu o limite de velocidade…Adeus vitória depois de liderar 95 voltas!!! Depois das paradas, a ordem virtual para os ponteiros era Rosenqvist, Pato e Ericsson, pois a frente deles tinham pilotos na tática de economia que acabou não dando certo, pois foram aos pits a partir da volta 185.

E o sueco Ericsson depois dessa parada estava voando! Passou Pato, depois Rosenqvist e assumiu a ponta na volta 189 e abriu! Mas seu teammate Jimmie Johnson causou amarela a 6 do fim batendo na curva 2. Foi dada a bandeira vermelha, prova interrompida para que a pista fosse limpa e a corrida terminasse em bandeira verde. Muita tensão no pit lane com os carros alinhados.

Alguns minutos depois, atividades retomadas, com uma volta em amarela e o final em o famoso green-white-checkered! Isto é: relargada com duas voltas para o fim. O top 3 era Ericsson, Pato e Kanaan. E na relargada o que se viu foi Ericsson em zigue-zague cortando vácuo de Pato que na última volta botou por fora na 1, mas Ericsson foi bravo e se manteve. E na curva 2, sempre ela, desta última volta a vitória do sueco foi sacramentada: Sage Karam (Dreyer & Reinbold) bateu de leve no muro, mas mesmo assim a amarela foi acionada. Assim o ‘Huski Chocolate car’ da Ganassi com o sueco venceu a prova!!!

O chocolate da Ganassi  (Foto: Chis Owens / IndyCar-PEC)

Destaque para Pato O’Ward e Tony Kanaan pela solidez de suas corridas, Hélio Castroneves (Meyer Shank) que ganhou 20 posições pra fechar em 7º, Alexander Rossi (Andretti) que subiu 15 posições fechando em 5º, Santino Ferruci que mesmo perdendo rendimento no último pit fechou em 10º e Juan Montoya que fechou em 11º depois de largar em 30º.

Marcus Ericsson, que aprendeu bem os meandros da categoria, poupou equipamento para voar quando precisou e estava no top 5 na parte final da corrida, agora lidera o campeonato com a ajuda dos pontos dobrados que a Indy 500 dá.

Abaixo, o resultado da prova.

E fica a pergunta: até onde irá o fôlego do sueco e do Huski Chocolate Ganassi car?

A tradição do leite ao vencedor (Foto: Chis Owens / IndyCar-PEC)

Próxima prova é já no próximo domingo, 05 de Junho nas ruas de Detroit.

Um abraço e até lá!

PRODUÇÃO

OlharesBR
Grand Prix Service Consulting
Everton Rupel Comunicação
Colaboradores

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IMAGENS

Everton Rupel, Matt Fraver, Joe Skibilinski, Travis Linkle, Paul Hurley, James Black, Chris Jones, Mike Young, Walt Kuhn, Lisa Hurley, Dana Garrett, Tim Holle, Aaron Skillman, Peter Burke, Richard Zimmermann, Michael Bratton, Dave Green, Jack Webster, Mike Doran, Mike Levitt.

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