Salve, pessoal!
O Honda Indy 200, em Mid Ohio, premiou Scott McLaughlin e o Team Penske com mais uma conquista e com momentos interessantes tendo o foco a disputa pela vitória com Alex Palou e uma incrível corrida de recuperação de Will Power que errou na volta inicial e foi à ultima posição do grande prêmio. A pista em Lexington, interior de Ohio estava com enorme quantidade de fãs pois muitos aproveitam as férias de verão nos Estados Unidos assim como o feriado pela Independência Americana em 04 de julho.
Se dentro da pista a corrida o foi o mais do normal, o mesmo não pode ser considerado cotidiano. O que se viu nas disputas entre os pilotos da Andretti Autosport, especialmente entre Alex Rossi e seus companheiros foi de uma atitude ridícula e esdrúxula.
Tivemos inicialmente Alex Rossi e Colton Herta em uma atitude estranhíssima. Além disso, Rossi e de Francesco, Romain Grosjean e Colton Herta também fizeram parte do strike. Porém o mais ridículo foram os embates de Alex Rossi e Grosjean. A forma como o americano direcionou contra Grosjean foi de uma forma covarde, suja e desnecessária. Não contra um colega de equipe, mas contra a equipe, a companhia que paga os salários e contra a imagem do campeonato uma vez que esta terrível exposição provoca a questão de patrocínios, imagens dos pilotos e, acima de tudo, o próprio campeonato pode ser impactado.
Na mesma Mid Ohio, só que em 1998, uma das maiores hecatombes que já vi na minha experiência com a CART, diversos acidentes, toques, abandonos por pegas inconsequentes assim como um terrível acidente com o próprio Michael Andretti onde seu Swift da Newman Haas capotou diversas vezes num dos bancos de areia. Felizmente nada de mais grave ocorreu, mas o Board da CART, entre eles Andrew Craig e Kirk Russel, resolveram punir Alessandro Zanardi – um dos pivôs em vários acidentes – com sua exclusão da corrida e um sursis para as próximas etapas.
O que se viu neste final de semana foi algo típico onde a falta de comando está clara e nítida. É inegável o desejo expansionista da Andretti Autosport para diversas categorias tendo seu foco maior a F1. Mas o cenário está fazendo com que a operação da Indy seja muito impactada. Um exemplo que gostaria de compartilhar é a própria Penske, visto que possui operações em Indy, Nascar e IMSA/WEC onde todos possuem suas respectivas gestões imediatas tendo seus gerentes o report ao Tim Cindric. Assim existe uma liberdade maior. O mesmo parece funcionar desta forma com a Chip Ganassi Racing. Infelizmente não é isso o verificado pela Andretti.
Ou a equipe Andretti tenta uma organização mais focada e direcionada para suas operações ou então a equipe da IndyCar poderá ser afetada no que tange aos patrocinadores e na imagem da companhia.
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Ainda sobre o Honda Indy 200, é importante que a IndyCar tenha alguma ação participativa considerando os eventos da equipe Andretti. Não se trata de ser uma questão de puritanismo, longe disso… mas tendo em base que a F1 está em crescente e forte chegada aos Estados Unidos. Os patrocinadores não querem colocar seu dinheiro e imagem em uma empresa de eventos de competição onde o que se viu neste final de semana foi de uma tristeza para o esporte. Felizmente estes tristes eventos não ocorreram nas primeiras colocações.
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Acredito que está mais que na hora de Mario Andretti chamar seu filho Michael para um café e oferecer alguma consultoria sobre gestão que somente a idade e o passar do tempo – diga-se maturidade e foco – podem direcionar melhores ações.
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Reforçando que, nem de longe, espera-se um puritanismo dos pilotos. Espera-se de verdade, como negócios, uma visão mais clara para que eventos como este não mais sejam repetidos.
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Entendo que um cenário interessante seria a remoção de Alex Rossi da equipe, a imediata promoção de Kyle Kirkwood. Rossi já tem contrato com a McLaren e Kirkwood já seguirá para a Andretti ao final do ano. Desta forma, é factível resolver vários problemas como: A questão financeira da Foyt seria resolvida visto os calotes financeiros da Rokit assim como uma satisfação aos investidores da família Andretti.
Rossi, há anos, nada tem feito de produtivo e positivo ao time e o seu deboche visto nas entrevistas pós corrida foi de um cinismo categórico.
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Nesta quinta-feira, 07 de julho, teremos o IndyCast #53 – com atrasos – com Stefano dePonti, CEO da Dallara. As 20:00 diretamente de nosso canal no Youtube: www.youtube.com/c/indycarbrasil