Panorama Indycast Brasil #16

por Fabio Mota

Salve Pessoal,

E chegamos a decisão do campeonato. A NTT IndyCar segue para Laguna Seca para definir seu grande campeão em 2022 para um campeonato eletrizante. Com cinco pilotos com chances reais de título, sem pontuações extras ou mesmo play offs, a IndyCar vem cumprindo a promessa de corridas incríveis e um campeonato cheio de possibilidades para seus pilotos e as equipes on, principalmente, os fãs da categoria têm a certeza que a emoção estará alinhada até os momentos finais, e se possível, mais decisivos.

Mas é importante ter em mente que o campeonato não está fervendo apenas dentro das pistas. Paralelamente as ações fora das pistas, com questões judiciais e negociações de equipes, pilotos e categorias tem aumentado de forma a gerar diversas possibilidades já para o final do ano de 2022.

Alex Palou, que a principio estava integralmente alinhado com a McLaren, ao que tudo parece, já está começando a demonstrar que não está tão forte assim em relação aos seus advogados. Esta análise vem pelo fato de que o piloto deseja voltar a viver na Europa e já deseja utilizar este fator como alinhamento de suporte nas questões que tangem à batalha que se espera vir nos próximos dias / semanas. A McLaren, por precaução, já removeu publicações em redes sociais assim como em publicações de mídia com visão de prevenção da imagem do piloto. Falou-se muito também de uma possibilidade de migração para a Haas, na Fórmula 1. Os próximos dias e semanas começarão a mostrar os cenários e caso isso venha a ser uma longa batalha, espera-se possibilidades de liminares alinhadas.

Ainda sobre a Haas, existe ainda uma possibilidade de Felipe Drugovich migrar para os lados do time de Gene Haas porém já existem algumas especulações que este possa aceitar a experiência de guiar na Indy, possivelmente no carro #10, de Alex Palou.

O ainda carro #10 da Ganassi é uma porta para outras possibilidades em relação ao ano que vem. Felix Rosenqvist já  deixou claro que não deseja seguir no plano da McLaren na Fórmula E, e o carro #10 passa a ser uma possibilidade já que na equipe de Zak Brown o Lineu p parece estar formado com Pato O’Ward, Alex Rossi deixando a Andretti e, quem sabe, Alex Palou. A confirmar se Juan Montoya fará as provas de maio em Indianapolis.

A vaga deixada por Rossi já foi preenchida por Kyle Kirkwood, mas depois do rebuliço do final de semana, mais uma vaga poderá ser aberta pelos lados do clã Andretti. Depois da quase renovação de Devlin deFrancesco, Colton Herta tem algumas condições bem estáveis junto a Alpha-Tauri depois do anuncio que Pierre Gasly seguirá para a Alpine.

O amigo leitor deve estar bem confuso em relação a estes gargalos, principalmente o carro #10 onde, após esta definição, outras ações ficarão claras, mas também é importante analisar o que será feito caso realmente os entraves burocráticos – relativo a Super Licença – necessita-se saber se a parceria com Bryan Herta será mantida e quem ocupará este cockpit.

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Um ponto de atenção com as possibilidades de Alex Palou e Colton Herta na próxima temporada da F1 deixa claro alguns pontos muito importantes e que talvez muitos não tenham percebido. A Liberty Media finalmente descobriu o valor dos dólares americanos em terras americanas. Neste ano já tivemos o GP de Miami – um sucesso – e teremos o GP dos Estados Unidos em Austin. Para o próximo ano, teremos a adição do GP de Las Vegas. A F1 entendeu que a América ainda é uma economia pujante assim como pode ser muito melhor trabalhada, ao contrario de eventos como Índia, Coreia do Sul, Barcelona entre outras. E ter american heroes é parte fundamental do negócio.

Um outro ponto de atenção é que a IndyCar volta a incomodar com suas corridas eletrizantes e resultados recheados de emoção. A Indy encerra 2022 muito forte a Europa voltou a perceber isso pois seu interesse nos Estados Unidos vem forte desde o ano de 2021 quando a pandemia do Covid-19 já dava os seus primeiros sinais de redução de esforços operacionais.

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A Indy ainda não anunciou as possibilidades de um terceiro fornecedor de motores e ter esta necessidade é algo extraordinariamente urgente visto que existem já claras limitações por parte dos atuais fabricantes. Falou-se de Toyota mas até agora não ocorreu nenhuma nova atualização.

Outro fator que se faz uma necessidade urgente é pensar em substituir o GP de Indianápolis II. Ter duas provas, em ocasiões diferentes com o mesmo traçado é algo que precisa ser analisado no que tange a não cair num tédio como ocorreu neste ano, assim como não ser um evento de apoio à Nascar dentro de sua própria casa.

A adição de um novo evento, sem espaçar o atual formato do calendário é extremamente necessário. Talvez voltar para Homestead ou mesmo pensar em outras possibilidades, mas é interessante analisar com cuidado. Analisar também a substituição do GP de Fort Worth, apurando-se se o mesmo seguirá para os próximos anos ou não.

Um abraço e até a próxima.

Fabio Mota.

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