Panorama IndyCast Brasil #20

por Fabio Mota

Olá amigos do Panorama IndyCast Brasil,

E chegamos a abertura da NTT IndyCar Series 2023. Lá pelos idos dos anos 90 e inicio dos2000, este era um super evento esperado pela comunidade Indy pelo mundo. Era o conhecido Spring Training, tradicionalmente realizado em Homestead – Miami. Era um evento para apresentação de equipes, carros, patrocinadores, pilotos e staff. Eram dias de muita mídia e algumas atividades de pista. Mas já aquecia o coração do fã que estava aguardando o inicio das atividades da temporada.

O mesmo ocorreu nesta semana lá no longínquo Thermal Club, na Califórnia. Antes que perguntem, não tem jeito… É necessário fazer este tipo de evento em lugares onde não há neve, frio, chuva… e se não for na Florida, o mesmo só poderia ocorrer no Arizona, parte do Texas ou Califórnia. Nunca imaginei por que não fazer em Las Vegas, mas a história da Indy e a cidade do Jogo ainda traz alguns traumas em relação ao GP de 2011.

Poucas novidades de layout de carros e nenhuma novidade técnica pois teremos mais um ano com o chassis atual, os motores serão ainda os Chevy e os Honda com a parte pneumática da Bridgestone. As grandes novidades, parcas por sinal, estão em alguns esquemas de pintura de carros.

A E.C.Racing, de Ed Carpenter trouxe uma novidade com o mesmo suporte de patrocínio porém com cores diferentes. Realmente, os carros ficaram belíssimos, mas… não serão os únicos liveries da equipe neste ano. A IndyCar permite que as equipes usem apoios de patrocínios regionais, podendo assim mudarem as cores drasticamente. É um fator altamente justificável para a sustentabilidade das equipes.

A Penske chegou com seus carros já esperados… Will Power com o mesmo esquema de 2022, Scott McLaughlin com o carro da Pennzoil – este, por contrato, apenas em Indy – e Joseph Newgarden com um layout muito bonito da Shell com predominância vermelha, que lembrava muito os carros da Target Chip Ganassi nos anos 90 e 2000. Mas acredito também que este esquema será como base apenas nas 500 milhas.

A Ganassi vem com a surpresa do seu carro #11 em tons verdes, porém os demais carros seguem nos mesmos padrões de 2022, exceto pela partida da NTT Data para a McLaren… seria o carro de Alex Palou mas… Demais carros e pilotos seguem, excepcionalmente pois Marcus Armstrong não fará os circuitos ovais. Para este tipo de circuito, o veloz e louco Takuma Sato assume o volante.

Por falar na tradicional equipe, a operação da McLaren foi expandida para um terceiro carro. Permanecem Felix Rosenqvist e Pato O´Ward e chegam Alex Rossi e a NTT Data.  Espera-se um ano melhor, principalmente se o mexicano manter o foco na categoria americana… Pessoalmente espero muito de Tony Kanaan… Creio que teremos uma grande participação de nosso representante. Especula-se que esta poderá ser a ultima corrida do Tony… vamos aguardar. De toda forma, não precisa provar mais nada.

Hélio Castroneves e Simon Pagenaud retornam com a MSR. Espera-se melhores resultados dos pilotos, especialmente do 4 vezes vencedor das 500 milhas. Não por deficiência dele mas pelo fato da equipe ter andado muito para trás em relação a 2021.

Deixei a Andretti como um destaque maior pois a equipe, estruturalmente, como companhia, passa por um forte cenário de perda de foco. A associação com a Cadillac tem por objetivo o ingresso na F1, estão associados com a WTR para IMSA e WEC, possuem uma operação na F E, além da IndyCar. Quem lembra das trapalhadas da equipe em 2022, especialmente em MidOhio, percebe-se que a equipe precisa de um olhar muito forte e direcionado para dentro de seu Head Quarter. Os pilotos serão os mesmos de 2022, exceto pela saída de Alex Rossi e a chegada de Kyle Kirkwood. Ainda reforço que Romain Grosjean pode entregar muito mais que tem feito, ainda falta a primeira vitória e, quando esta chegar, será como uma porteira aberta. Colton Herta precisa aprender a parar de estragar um final de semana. Já falamos nas programações do IndyCast Brasil assim como por outras colunas no site do IndyCast Brasil que não adianta o pai, e ex-piloto Brian Herta, passar a mão na cabeça do “menino”. Falta um comando mais forte na equipe… um cenários com maior orientação no resultado. Já o caso de Kirkwood, no passado acabou andando mais que o parco carro da Foyt.. vamos esperar… Devlin e Marco Andretti? Bem… comentem nesta coluna ou nossas redes sociais…

A Juncos Hollinger é outra que veio com uma mudança agressiva de imagem. Fizeram um razoável campeonato no ano passado com Callun Illot tendo boas oportunidades de apresentar bons resultados. Com a adição de um segundo carro, espera-se que a troca de informações seja mais positiva.  Agustin Canapino é um excelente piloto de turismo mas os carros Indy têm configurações e reações totalmente distintas. Será muito positivo para a America do Sul ter esta renovação… é algo que precisamos com muita urgência no Brasil. Esperava esta questão do Drugovich mas… preferiu assistir aos “emocionantes” GPs da Formula 1.

Sobre Foyt, DRR, Paretta e Rahal, tenho uma opinião muito comum a todas… Tentarão fazer número, mas com pouca eficácia e eficiência.

Então pessoal, vamos manter esta incrível roda girando e colocarmos mais brasileiros lá!!

Um forte abraço e até a próxima.

Fabio Mota.

PS.: Fiquem atentos em nossas redes sociais, o IndyCast Brasil continua sendo o único canal que trás grandes papos com profissionais do passado e presente da IndyCar na América e Europa. Aguardem as novidades.

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Everton Rupel, Matt Fraver, Joe Skibilinski, Travis Linkle, Paul Hurley, James Black, Chris Jones, Mike Young, Walt Kuhn, Lisa Hurley, Dana Garrett, Tim Holle, Aaron Skillman, Peter Burke, Richard Zimmermann, Michael Bratton, Dave Green, Jack Webster, Mike Doran, Mike Levitt.

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