Texas, TX 2022

por Everton Rupel

Fala galera do IndyCast Brasil! Tudo beleza?
A IndyCar volta à ação no superspeedway do Texas, para a XPEL 375, com um protagonista antes de qualquer atividade de pista: o PJ1, produto usado para dar aderência para os carros da Nascar, mas que com os monopostos da IndyCar faz o efeito contrário, falta de aderência.
Após uma raspagem na pista com uma ‘malha de ferro’, vieram os treinos livres e classificatório. E neste uma surpresa: pole position para o sueco Felix Rosenqvist (AMSP), piloto que está na berlinda e mesmo beliscando a grama fez uma volta voadora para não ser alcançado. Depois disso, um treino de meia hora para 7 pilotos (6 na real), pois Dalton Kellett (Foyt) não foi à pista, para tentar dar uma emborrachada na área da pista que tem o PJ1.

Felix feliz com a pole (foto: Joe Skibinski/IndyCar-PEC)

Vamos a um resumo da corrida? ‘Bora!!!

Largada com Alexander Rossi (Andretti) dando uma escandalosa queimada. Na volta 2 com Scott McLaughlin (Penske) assumiu a ponta. Rossi foi obrigado a devolver as posições mas na volta 12 causou bandeira amarela se arrastando pela pista: pane elétrica. E assim o pessoal do fundo foi aos pits.
Relargada na volta 16 com Pato O’Ward (AMSP) ensandecido subindo o pelotão. Quem também veio bem foi o rookie Kyle Kirkwood (Foyt). A prova vinha muito rápida com médias de 350 Km/h
até o pessoal começar a sentir o desgaste de pneus.

A partir da volta 55, em bandeira verde, começaram os pits dos dianteiros. E nesses pits, problemas com a Dale Coyne: o pessoal de David Malukas liberou o piloto atrapalhando Takuma Sato que liderava a prova quando parava. As chances de Sato acabaram aí. Depois desses pits a turma se acalmou e a corrida foi sem perrengues até a volta 99 quando Takuma Sato teve um pequeno contato com Devlin DeFrancesco (Andretti), subiu no PJ1 e raspou o muro: bandeira amarela. Nova rodada de pit stops e aí foi a vez dos pilotos da McLaren atrapalharem seus times e aí caírem na classificação da prova. Ainda durante essa amarela, Romain Grosjean (Andretti) abandonou.

Bandeira verde na volta 114 e no final dela Devlin de Francesco deu uma pequena fechada em Kirkwook, igual a que deu em Sato anteriormente, fazendo Kirkwood rodar e ir pro mudo: amarela.
Bandeira verde na volta 129 e no final da volta DeFrancesco forçou um three wide tocando em Graham Rahal (RLL) que rodou e colheu Helio Castroneves (Meyer Shank): os 3 no muro e nova amarela. Nessa amarela Rosenqvist abandonou.

Relargada alucinante na volta 150 com Josef Newgarden (Penske) passado Scott McLaughlin e Rinus Veekay (Carpenter) vindo de P5 para em 9 voltas assumir a ponta. E na volta 165 a manobra da prova: entrada da curva 1, por fora Will Power passa Veekay e McLaughlin e vai para a ponta!
Daí até a volta 190, mais ou menos, a turma toda começou a economizar combustível, com exceção de Marcus Ericsson que subiu o pelotão e foi pra P1 na volta 184.

Na volta 186 começou a última rodada de pits e depois dela  a coisa estabilizou com McLaughlin, Newgarden, Ericsson, Power e Dixon nas 5 primeiras posições. No meio do pelotão, os pilotos iam trocando de posições com uma bela atuação de Jimmy Johnson (Ganassi) em sua estreia em ovais da IndyCar. Com poucas voltas para o fim, Newgarden foi se aproximando de McLaughlin, esboçando que podia lutar pela liderança, mas sem nenhuma ação contundente. Só que ao abrir a última volta, Scott McLaughlin hesitou atrás dos retardatários permitindo Josef Newgardem colar e o ultrapassar a poucos metros na bandeirada! Um final épico para uma excelente corrida!!

Vitória na última curva da última volta e o cavalheirismo de McLaughlin que não espremeu o companheiro de equipe (foto: Joe Skibinski/IndyCar-PEC)

Vitória de número 600 das organizações Penske no automobilismo!

A corrida foi muito além do esperado, foi ótima e temos destaques para o bem e para o mal.
Destaques negativos

Andretti Autosport: desde que sonda sua entrada na Fórumla 1 está batendo cabeça na IndyCar;

AMSP, vulgo Mclaren: também batendo cabeça, a pole foi um respiro mas erros nos pits custaram caro;

Devlin De Francesco: forçou a barra sobre Sato, Kirkwood, Rahal e Helio, precisa ter mais noção para dividir curvas em oval.

Destaques positivos

Penske: depois de 2 anos instáveis reencontrou o caminho;

Jimmy Johnson: corrida constante, sem erros, foi soberbo em sua estreia em ovais;

Marcus Ericsson: constante, rápido, foi o melhor Ganassi no final.

Santino Ferrucci: largou em último (substituindo Jack Harvey que se acidentou nos treinos e foi barrado pelo dpto. médico), foi autorizado a dar umas voltas antes da corrida para se ambientar e terminou em 9º.

Scott McLaughlin lidera o campeonato com 97 pontos, contra 69 pontos de Will Power.

A IndyCar vira a chave para no dia 10 de abril invadir as ruas de Long Beach!
Um abraço e até lá!

(ah, segue abaixo resultado final da prova)

PRODUÇÃO

OlharesBR
Grand Prix Service Consulting
Everton Rupel Comunicação
Colaboradores

A opinião dos colunistas não reflete necessariamente a opinião dos editores e/ou das empresas responsáveis por esse projeto.

IMAGENS

Everton Rupel, Matt Fraver, Joe Skibilinski, Travis Linkle, Paul Hurley, James Black, Chris Jones, Mike Young, Walt Kuhn, Lisa Hurley, Dana Garrett, Tim Holle, Aaron Skillman, Peter Burke, Richard Zimmermann, Michael Bratton, Dave Green, Jack Webster, Mike Doran, Mike Levitt.

Desenvolvido pela Grand Prix Service Consulting para OlharesBR © 2023 Todos os direitos reservados