Panorama IndyCast Brasil #5

por Fabio Mota

Salve, pessoas!

Impossível não ter de lembrar desta data sem associar a grande perda que o automobilismo mundial sofreu há 28 anos atras, naquele autódromo em Bologna, Itália. Muito já foi falado a respeito deste final de semana…, mas, o que isso trouxe de benefício, se é que é possivel pensar assim? É obvio que muita coisa mudou em autódromos e os carros foram realmente adaptados para conceitos de maior segurança, redução de velocidade e maior proximidade de redução de custos, visando adaptar quebras de paradigmas.
Acidentes graves continuaram a acontecer e, infelizmente, continuarão, pois, trata-se de um esporte de risco. Visto que a CART teve um ano maravilhoso em nível de competitividade em 1999, porém, coincidência ou não, a California sofreu duas perdas. Gonzalo Rodriguez e Greg Moore, em Laguna Seca e Fontana respectivamente. Apesar de um terrível atraso técnico causado pela decadência, técnica e financeira da ChampCar e a adaptação da IRL em um cenário de maior destaque, os seus carros foram mantidos “congelados” por anos. Economicamente, mas também por não se ter um cenário de médio a longo prazo. O modelo Dallara utilizado por Dan Wheldon, que venceu de forma incrível as 500 milhas de Indianápolis em 2011, sendo o mesmo carro quem que sofreu o acidente fatal em Las Vegas foi a corrida derradeira daqueles chassis. Já em 2015 Justin Wilson teve um acidente tão bobo que infelizmente morreu por um detalhe… Mais um foco de melhoria no carro.
O acidente de Paul Dana em 2006 assim como o exemplo de Alessandro Zanardi, em 2001 no qual perdeu as pernas, ainda é o ponto base de quaisquer categorias. A lateral do carro ainda é um “ponto cego” em razão de segurança.
Ano após ano, a IndyCar tem investido, de forma global, em segurança e limitações ao desenvolvimento do carro visando frear os gastos das equipes maiores assim como tentar mitigar as possibilidades de acidentes fortes. Como não lembrar do terrível acidente de Scott Dixon nas 500 milhas de 2017 quando seu Dallara se e partiu-se espatifou em várias partes? Pela misericórdia de Deus – eu sou Cristão – foi fundamental para proteger a integridade do piloto, mas não se pode negar o quanto a segurança tem sido fortemente visitada.


A próxima etapa do campeonato já será em Indianápolis, e, sem dúvida é o momento que muitas equipes podem pagar o ano, dependendo do resultado. Esta conclusão vem com base em destaques em treinos, corrida, patrocínios eventuais ou mesmo até extensão de novos contratos.
As premiações em Indy também são mais pomposas. Em diversos cenários e critérios, os valores são astronômicos considerando um único evento.
Anualmente os valores são reajustados e, mesmo em anos de crise nos Estados Unidos os patrocinadores não deixaram de investir forte nesta corrida, como integrante da Tríplice coroa Mundial do automobilismo.
Um exemplo deste cenário ocorreu em 2013 quando Tony Kanaan teria orçamento para correr até na Indy500 daquele ano. Após aquela prova ambos, a equipe e ele, estariam fora da temporada. Com a conquista das 500 milhas a premiação veio em grande oportunidade e, outro exemplo alinhado, foi a venda do chassi vencedor. A equipe conseguiu manter a estrutura pela temporada.
Um outro exemplo foi com a Penske e Simon Pagenaud. O francês vinha de resultados ruins e sem alguma perspectiva positiva. No mês de maio de 2019, o francês conquistou o GP de Indianápolis assim como as 500 milhas. Resultado imediato foi a renovação de seu contrato.


Ainda sobre o mês de maio, pessoalmente, gostei muito desta alteração do calendário com a inclusão do GP de Indianápolis. Antigamente, as 500 milhas tinham quase 1 mês de treinos. Era um tanto cansativo. O qualifying ocorria duas semanas antes da prova… Confesso que era cansativo.


Grande Corrida em Barber. Grande vitória do Pato Onward e outros destaques como Romain Grosjean, Alex Palou e principalmente Will Power.
Maiores detalhes, não deixe de ler a coluna do Everton Rupel, conhecido mundialmente como Playmobil. Aqui no IndyCast Brasil realizamos uma cobertura bem interessante.


Rodrigo Mattar e Gefferson Kern… que dupla incrível.


Nesta quinta-feira, 05/05, teremos um programa muito especial no IndyCast Brasil, no Youtube. Prestaremos um tributo, em vida, para nosso querido Paul Page. Não deixe de assistir, as 20:00.

PRODUÇÃO

OlharesBR
Grand Prix Service Consulting
Everton Rupel Comunicação
Colaboradores

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IMAGENS

Everton Rupel, Matt Fraver, Joe Skibilinski, Travis Linkle, Paul Hurley, James Black, Chris Jones, Mike Young, Walt Kuhn, Lisa Hurley, Dana Garrett, Tim Holle, Aaron Skillman, Peter Burke, Richard Zimmermann, Michael Bratton, Dave Green, Jack Webster, Mike Doran, Mike Levitt.

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