Finaalmente, Lundgaard!  

por Everton Rupel

Fala galera do IndyCast Brasil! Tudo beleza?

Décima etapa do ano e a IndyCar (Fórmula Indy) desembarcou no seu único destino fora dos EUA para o GP de Toronto, no Canadá. A classificação com chuva premiou Christian Lundgaard (RLL) com a pole position. O líder disparado da tabela, Alex Palou (Ganassi) larga só em 15º. Será que na corrida chove na corrida?

Converterá, Lundgaard, a pole em vitória para pagar a promessa de raspar o bigodinho? (Foto: Joe Skibinski/ IndyCar)

85 voltas previstas e pela cara do tempo não teríamos chuva. A tranquilidade da largada durou uma curva: um big one aconteceu quando Jack Harvey (RLL) fechou Ryan Hunter-Reay (Carpenter, que estava com o capacete do patrão Ed) que espremeu no muro o estreante Tom Blomqvist (Meyer Shank). A confusão desses 3 colheu Santino Ferruci (Foyt), Benjamin Pedersen (Foyt), Alex Rossi (Arrow McLaren) e Graham Rahal (RLL), mas este muito astuto, deu marcha ré e pegou o atalho oficial para possíveis problemas nesse trecho. Nessa ficaram fora da prova Harvey, Pedersen, Blomqvist e Hunter-Reay.

Na relargada, volta 10, o top 5 era Lundgaard, McLaughlin, Pato, Dixon e Rosenqvist, com Colton Herta, vindo de trás, escalando o pelotão nas voltas iniciais. Entre as voltas 17 e 21, quem estava com pneus macios fez seu pit stop, entre eles o líder Lundgaard na volta 20, assim depois dessa rodada o top 5 ficou: McLaughlin, Ericsson, Dixon, Power e Herta.

Quem estava com pneus duros fez sua parada nos pits entre as voltas 34 e 37 e com todo mundo já feito isso o top 5 ficou Lundgaard, McLaughlin, Pato, Kirkwood e Ericsson. Vale destacar aí o desempenho de Lundgaard que abria distância a cada volta, independente do pneu que usava.

Na volta 42, para manter a tradição Romain Grosjean (Andretti) bateu na saída da curva 10, curva que tinha o pior bump de todos, de uma pista que estava com muitas emendas asfalto/concreto, bueiros e asfalto com muitas fissuras. Aí muitos foram aos pits se livrar dos pneus macios (que esse ano tem seu melhor desempennho durando pouquíssimas voltas).

Para a relargada na volta 46 o top 5 ficou Lundgaard, McLaughlin, Pato, Ericsson e Newgarden, mas uma curva antes da bandeira verde, Helio Castroneves (Meyer Shank) ficou lento e foi acertado por Kyle kirkwood (que mesmo assim levou um stop and go de penalti). Alex Palou que tinha ido aos pits e ficou nesse bolo bateu de leve seu carro para desviar de Helio e avariou sua asa dianteira.

Com a permanência da amarela, outros pilotos foram aos boxes (exceto McLaughlin, Veekay e Dixon, inaugurando uma 3ª e nova estratégia) para novos pits, deixando o top 5 com McLaghlin, Dixon, Veekay, Kirkwood e Herta. A bandeira verde veio na volta 52.

Não houve nova amarela nas 9 voltas seguintes, obrigando McLaughlin, Veekay e Dixon a irem aos pits. E Lundgaard que estav impossível galgou novamente à liderança com uma super ultrapassagem sobre Palou que vinha em 1º depois dos pits citados acima.

Assim, faltando 19 voltas para o fim o top 5 era Lundgaard, Palou (dando aula de pilotogem com sua asa quebrada), Herta, Power e Pato. E Lundgaard sobrando, abrindo distância.

Na útlima volta Power precisou de um splash’n’go e perdeu seu top 5.

E a IndyCar teve um novo vencedor, 1º dinamarquês a vencer na categoria, levando a Rahal Letterman Racing à vitória (a última vitória tinha sido em Agosto de 2020 na Indy 500).

Parabéns, Christian Lundgaard, já pode raspar o bigodinho!

Destaques negativos:
– o asfalto/concreto/bueiros/bumps da pista;
– muitos falam que a Penske é a Ferrari da IndyCar e nessa corrida pareceu mesmo com sua tática estranha de pits para McLaughlin e Power.
Destaques positivos:
– os desempenhos sólidos de Lundgaard, Agustin Canapino, Colton Herta;
– desempenho discreto mas que somou pontos de Pato O’Ward e Felix Rosenqvist
(Arrow McLaren) e do piloto Penske Josef Newgarden;
– Graham Rahal guiou muito depois de bater no qualifing e do sururu da 1ª volta,  se aproveitando das voltas em amarela e fazer a prova sem erros, saindo de 27º e último para fechar em 9º;
– Alex Palou mostrou porque para muitos é o virtual campeão da temporada com um show de estratégia com seu time e de tocada com carro avariado.

Cumprindo a promessa de raspar o bigodinho se vencesse (Foto: Travis Hinckle / IndyCar)

Resultado final.

E já no próximo final de semana tem IndyCar! Rodada dupla no oval de Iowa, uma prova no sábado e outra no domingo. Será que a Penske renasce?!

Abraço e até lá!

PRODUÇÃO

OlharesBR
Grand Prix Service Consulting
Everton Rupel Comunicação
Colaboradores

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IMAGENS

Everton Rupel, Matt Fraver, Joe Skibilinski, Travis Linkle, Paul Hurley, James Black, Chris Jones, Mike Young, Walt Kuhn, Lisa Hurley, Dana Garrett, Tim Holle, Aaron Skillman, Peter Burke, Richard Zimmermann, Michael Bratton, Dave Green, Jack Webster, Mike Doran, Mike Levitt.

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